Postagens

E em casa

Imagem
     E fosse de tarde, dessas ôcas, iria pescar. Levar o cão à corrente do rio, fingir cansaço, café frio, pão guardado, dividir com o bicho minha alegria de viver. Apenas com ele, porque outro algum entenderia. Em casa outra vez e novamente cheio do não dito.           E voltaria para casa novamente, muito tarde, madrugada, de carona, o carro esquecido ao lado do teatro, deixado na rua do centro, e voltaria ao trabalho a pé, quanto fiz disso, para ter a sorte de encontrá-lo e sair para dar uma volta a fim de perder o esquecimento.           E cantaria à tarde, massacraria o piano, apitaria as cornetas, riscaria o ar com flautas a machucar ouvidos duros, assim com tomaria banho outra vez na chuva e me deitaria no jardim sem ouvir nada mais que a voz das nuvens. Estou em casa, um silêncio que bate às paredes, ninguém que ouve o que digo houve.           E faria tudo de novo, com a mesma alegria que tive. Todo o meu bem estar que me roubaram. Em casa, tarde, fome, como um prego, pão com

Carmim

Imagem
Estava no banho. Não, era o telefone.      Foi um acaso. Não tive tempo, a correria, sabe, as coisas, tive que tirar o pó. Não pude, sinto.      Como assim?      Mas não fiz nada. Só porque disse aquelas coisas. Não foi nada, o gerente não viu, não ouviu.      Que coisa moralista.      Não, não quiz dizer isso, ao contrário. Eu falei. Uma atitude de certeza, sabe. Errar não é tudo. Tá.      Tá, tá, vá. Vá de uma vez. Pegue suas amarrações, sua mandinga que me faz idiota. Sai. Dá a sua volta, fume um cigarrinho, pense diferente se possível, dance debaixo da árvore, deixa o vento, que se lasque o dia.      Para quê, me diga, tudo isso?      Cai o sabonete.      Sabe bem que durmo sem você ao meu lado. Vai e volta, vai e fica, fica e não vai.      Mentira. Sabe melhor que eu.      Fica. Fica de uma vez, se enrola no cobertor, deite sua cabeça em meu ombro, não me importe que ronque que faça sons absurdos, que assobie e chame o seu pai, sua mãe e outras pessoas que acha carmim.      El

EL JARDÍN DE NADIE

Imagem
     En el jardín, donde florece el Colmo sin invierno, Santa Bárbara es una árbol llena de horas calientes en mi país, como son los rajos, y la esta la magnifica Ulmo, un grandioso árbol que se desmantela y se nace, quiebra y insiste en volver a la vida. Son sus brotes verdeados de dulce claro. Derrocar, seguir abajo, caen llenos de esfuerzo en mantenerse arriba. Cuando el viento la soltó con una tapa fervorosa en la faz, no se retrae. En un balanzón sincero se mantiene. No es cínica. Un árbol no es así. Pero está allá en su magnífica presencia a equilibrar con raíces anchas, gigantes de mohecer su eterna senescencia. ¿Cómo puede?               - Mira ¿Quién está perdiendo esta vez?               - Juan, de uno, el cero se pone a tu creencias.             - Mis creencias confirma que perdiste  de uno                Abajo están en su sombra los mayores con cigarrillos perfumados. Están las señoras con una sonrisa permitida. Adelante los chicos y chicas bailan a su alrededor con mader