Poesias
Estava tão linda que me ardia os olhos Antes que me derrubassem estatelei as mãos à parede para ser desarmado mostrar os documentos dizer que ainda me possuía e podia sobreviver a esse direito o chão dos muros Engatinhei até a farmácia trombei nos sons de ofertas na música estonteante que metralhava contra revolução de meus sentimentos os mais rasos que os passos suportavam no cadafalso no balcão ainda no escuro das órbitas pedi ao astronauta que me salvasse do vácuo e ele atirou contra mim acertando colírios O mundo retornou voltei à cancela ergui os braços como me pediram atravessei a fronteira e a atingi com tudo que podia ser Fiquei no gueto sem saída onde os detidos se avolumam escapei por baixo dos arames farpados e me arrastei ao campo de guerra e te alcancei ferida de minhas últimas palavras Estanquei o sangue de todas as paixões gritei o seu no