Amor de perdido imposto.
Amor de perdido imposto Pedro Moreira Nt Antes era melhor. Sempre atrás do que foi está o magnífico. Uns passos de costas e, o abismo das emoções. Eu a olhava com aquele cabelinho crespo e dourados. Um anjo de molas, suave e flexível. Um dia, que já faz tempo, não resisti ao peso comum das mãos e pensei em uma poita de afundar barco leve, uma com pedras enclaustradas no arame forjado ao sol. Vamos pagar impostos juntos? Não sei. Acho que foi falta de poema. A intenção tão clara. A gente pisando na escadaria e descendo dela, assinando no cartório a nossa dívida moral. Quantas pessoas desejaria no escondido de suas luvas, - usaria luvas de pele humana -, e veria escorrer a civilização nas sardinhas enlatadas onde o sufoco salgado no óleo de corpos, de olhos em corpos equilibrista da jardineira. Um novo emprego, filhos, aquela tascada de mão do patrão que diria de maneira envergonhada, de uma delicada maneira sulista de amar: é só para conformar, tava meio caído. A carinha envergo...