Livraria café-teatro Mairiporã
A temporada súbita de sonos, o delicioso despertar, a vida sem dormir. Arrastro de nuvens permanentes e o descompromisso porque se fechou a torneira, uma chantagem emocional do velho sadismo esquizofrênico que me permite o descompasso de ficar com sede, e melhor, sem banho. Queria menos a zoeira do outono da vida, queria viver sem banha. Mas aí está o abrupto, o policiamento em busca de alguém honesto para algum tipo de exemplo, bode expiatório da pujança negativa em que vivemos. Avisei a meu pai, não saia de casa. Ele nonagenário, sabe bem o que significa viver às escuras no deserto. Sadismo protegido, velhas crianças afortunadas com carteirinha de clube. Vou à livraria ver se como um pedaço de árvore, quero morder até a copa. Sentar-me lá à espera de um café. Aqui não se produz mais. Passo frente ao teatro descerrado. Alguém vem para um assalto, finjo conhecê-...